quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Meus olhos são janelas

Janela do Espaço Educativo da Exposição Remembranças de Nina Medeiros,2012
Galeria de Arte Casarão,Viana-ES



Hoje acordei vendo.
Vendo o mundo diferente,como se minha alma estivesse acordado de um profundo e duradouro sono.
A alma amansada sorri pra mim e diz que a vida pode ser arte.
Ouço um som,sinto cheiro.
Um gosto na boca, antes familiar se parece tão novo.
Quero um lápis,caderno,a caneca de café tão estimada.
Ficarei na janela da vida por um tempo.
Olharei pelas janelas da alma como um menino vindo do interior que fita tudo que passa nesse mundo que hoje insiste em se mostrar tão novo pra mim.
Estranha miscelânea de sentidos,onde o cheiro se traduz aos olhos e o som se comunica com o gosto.
No olhar o gesto se traduziu e me disse que o amor ainda está por aí,buscando oportunidades de se mostrar.
Então apresso-me a ficar lá,parado diante da janela,esperando ele passar,mesmo que sorrateiro,espertamente escondido como se estivesse a brincar comigo.
Ah,não vou deixar ele escapar!Vou capturar sua afeição e pendê-la no caderno.
Deixarei escrito,desenhado,registrado que um dia eu o vi.
Moça,menino,rapaz,se algum dia o ver por aí.
Ele mesmo,o Amor!
Aquele menino matreiro,corra atrás,prenda-o entre as penas e não deixe ele fugir.
Pois por aí ele se esconde,corre e passa rápido e só aqueles que deixam suas casas de janelas aberas conseguem ver.

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