sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A tão sonhada liberdade

Nesses últimos tempos tenho vivido momentos de confronto onde me vejo num espelho e deparo-me com certas coisas em min'alma que antes não via.
Tenho aprendido a ser livre e o mais assustador é saber que isso depende de mim.
A diferença do liberto e do escravo não é deixar de ter desejos.Que é livre escolhe dar luz ao desejo ou não,ao escravo não lhe cabe esse dirteito.Essa tem sido minha reflexão diária.
Procuro viver cada dia de cada vez e faço das minhas quedas um recomeço.
Aos poucos a sensação de incompletude,aquele vazio doloroso tem sido preenchido por um amor que é capaz de lançar fora todos os meus medos.
Hoje enxergo melhor o meu futuro e não vejo mais meu passado que me assombrava.O presente é a oportunidade de fazer uma boa escolha.
Temores eu tenho.Desejos,certamente me perseguirão,mas não vou retroceder o preço que paguei pra aprender as lições,as cicatrizes que tive até aqui me fazem ver o quanto adquiri força,equilíbrio e visão,é muito bom reconhecer minha humanidade e ver que Cristo se manifesta através dela.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Cidade do Amor


"Cidade do Amor"1,50mt x 0,50mt; Zoe Lilly.



Fazendo um paralelo entre a restauração dos muros de Jerusalém vivenciada por Neemias que se compadeceu de seu povo ao saber que sua terra natal estava totalmente devastada, percebi o valor dessa comovente história na contemporaneidade.
Fazemos parte de uma Nova Cidade a qual Jesus restaurou, não mais feitas de pedras ou barro, mas de pessoas que em cada gesto de afeto, cada palavra de vida proferida, cada olhar ou abraço expressam o amor supremo de Deus.
Em meio à desordem e aos valores egocêntricos do mundo de hoje, esquecemos ou somos conduzidos a ignorar o maior mandamento deixado por Jesus: Amar a Deus acima de todas as coisas e a teu próximo como a ti mesmo. (Mateus 22:37-39)
Amor não é um sentimento e sim decisão é a expressão maior da essência divina em nós, obras de Deus. Que possamos ter essa consciência e que aprendamos a cada dia, uns com os outros a cultivar a prática das primeiras obras contribuindo para a construção dessa cidade formada por pessoas como eu e você que possuem dentro de si o Espírito de Vida que nos conectam como um só.

sábado, 12 de novembro de 2011

Esperança

Sinto que estou vivendo um novo tempo.Aprendi com as lágrimas e com os caminhos espinhosos por onde arrisquei andar e agora sinto que tudo que carregarei disso são uma mala de lições aprendidas e de força para o que virá adiante.
Como é bom saber que não estamos sós!Esta semana tive a oportunidade de conhecer pessoas que mesmo sem me conhecer apenas me amaram e pude perceber que é isso que Jesus nos ensinou a fazer.
Tenho experimenta do o amor de Jesus de uma forma inexplicável,simplesmente me pego sendo arrebatado por uma forte e doce presença quando estou só que é como se tudo que Ele esperava era a oportunidade de estarmos só nós dois pra me contar dos seus segredos,do sonhos que tem pra mim.
Quero viver cada instante deste tempo de ESPERANÇA como se fosse o último instante da minha existência, tendo a certeza de que com Ele sou completo.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Teatro- Hamelin




Há tempos queria escrever sobre Hamelin, peça teatral fabulosa que vi com a galera da Formação Agente Cultura Jovem no Festival Nacional da Cidade de Vitória, nos dias 13 a 23 de outubro.

Hamelin,peça escrita pelo espanhol  Juan Mayorga em 2005, retrata uma investigação criminal de uma rede de pedofilia. Uma peça de extremo dinamismo onde atores narram as cenas de forma onisciente conduzindo o espectador a um caminho imaginário de forma muito clara e direta. A pouca disposição de elementos cênicos e o uso de luminárias que propõem toda uma iluminação que  possibilita a quem vê perceber todo um cenário ilustra de forma concreta um lugar imaginado e pressuposto pelas falas narrativas.O figurino usual  de cores  frias dos personagens remetem a realidade temática retratada na peça dando ainda mais a tensão de tudo que é abordado no palco.
O elenco carioca de extrema qualidade interpretativa expressa uma versatilidade ao interpretar uma mesma pessoa diversos personagens adultos e crianças de forma tão natural que não se abstrai do real.

Vladimir Brichta como protagonista mostra o conflito de um homem que tem o seu trabalho como prioridade esquecendo-se ou não tendo a disposição de lidar com os conflitos pessoais familiares nos permitindo um paralelo entre a família da vítima investigada no caso policial. Esse choque de relações e dependência humana vai além do óbvio que a temática demonstra. Hamelin “escarra” em nós um conflito social de tamanha complexidade que nos faz sair do teatro muito mais reflexivo e consciente de que a sociedade precisa mudar.

Após a peça um debate entre o elenco e espectadores proporcionaram uma troca bastante positiva enriquecendo ainda mais a atração do festival.

 Veja um trecho da peça.




 Ficha Técnica

Autor: Juan Mayorga
Tradução: António Goçalves
Direção: André Paes Leme
Elenco: Alexandre Dantas, Alexandre Mello, Cláudia Ventura, Patrícia Simões ,Oscar Saraiva e Vladimir Brichta
Cenografia: Carlos Alberto Nunes
Figurino: Luciana Maia
Direção Musical: Lucas Ciavatta
Programação Visual:  Mais Programação Visual
Fotografia: Silvana Marques
Desenho de Luz: Renato Machado
Produção Executiva: Leila Moreno
Direção de Produção: Andrea Alves e Cláudia Marques
Assessoria de Imprensa: Daniella Cavalcanti
Realização: Sarau Agência  de Cultura e Fábrica de Eventos

Afundando

Envolvido num vazio que não parece ter fim
Sinto-me caindo,afundando
Acreditando em falsas verdades que há muito relutei...
e essa dor insiste a pulsar,pulsar...

Anestesiado em meu pecado
Sem encontrar tua mão,ouvir tua voz
Sinto-me afundando,afundando...

Deus,ata-me em suas cordas de amor
Faça tua luz romper a escuridão que está me meus olhos
Já faz um tempo que não sinto teu calor
e o que restou dentro de mim foi o frio deste deserto

Não sei mais quem sou
Num corpo que transita em pensamentos que eu não queria pensar
Mergulho dentro de mim e tento encontrar-te
 Estou afogando,afogando nas lágrimas que chorei
Esquecendo-me do meu rosto

Será que voltarei a respirar?
Será que sentirei novamente o calor de tua luz?
Enquanto não encontro o caminho de volta eu continuo aqui
Nesse mar de lágrimas afundando,
Afundando...



(Texto feito em meio as dores de dias difíceis,aqueles que todos nós temos.Vinte e cinco de outubro de dois mil e onze.)