quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Juventude


"... Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes...”
 (I João 2:14)

Essa frase me trás muitas reflexões. O livro de João escrito há mais de mil anos atrás retrata uma verdade ao dizer estas palavras.
Ao longo da história, esse grupo se tornou sinônimo de Revolução. Um espírito de inconformismo e a busca por novos ideias regem garotos e garotas desde o princípio da humanidade.
Há pouco tempo tenho me engajado em estudar um pouco mais sobre juventudes (Refiro-me no plural por constatar que existem dentro desse grande grupo subdivisões que são atribuídas por conexões entre os mesmos através de ideologias, classes sociais, sexualidade e muitos outros fatores.) e suas relações com a cultura e a arte. Adentrei-me num campo vasto de respostas e incógnitas quais não imaginava encontrar.
Como jovem, hoje percebo que sou parte de um grande número mundial o qual possuem direitos e aspirações muitas vezes contidas por um emaranhado de inseguranças e euforia estereotipadas por uma sociedade que insiste em apenas conter danos a nós, futura população madura, através de políticas públicas contra violência e direitos a saúde (Refiro-me a DST's e AIDS). Conquistar um espaço de manifestações públicas de expressões jovens não é algo tão simples quanto se imagina. Pouco de nós tem a consciência desses direitos.
A juventude do século XXI almeja mais do que saúde, segurança e educação. Sua vasta criatividade de veicular suas opiniões sobre diversos assuntos, sua sede de emancipação financeira e sua abrangência profissional possibilita a essa grande massa a certeza de ser o presente de uma geração superprodutiva.
Conhecer bem o passado de nossos pais e buscar alternativas para um futuro mais justo é preciso. Toda essa força existente em nós deve ser canalizada para atividades que nos impulsionem a construir um legado para novas gerações. A arte e a cultura são ferramentas de grande eficácia para toda essa revolução constante. Ter voz política e social faz parte da juventude e também caracteriza o artista. Hoje o número de grupos engajados em causas socioculturais tem se intensificado a cada dia.
O que me espanta é saber que apesar desse grande número existe em contrapartida outro grupo que ainda não possui essa consciência ou não possui possibilidades de fomentá-la devido à realidade que vive sobrecarregando-se no trabalho, uma realidade propícia a uma fase adulta madura precoce entre muitos outros fatores.
Rever os meios de acessibilidade a cultura e entretenimento a todos são algo que deve ser pensado e posto em prática pelo governo. Através de momentos que oportunizam descobertas e encontros com as aptidões pessoais de cada um são consolidados cidadãos mais conscientes de seus deveres e detectados novos profissionais fomentando assim uma estrutura socioeconômica menos desequilibrada.



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